ABETA faz alerta sobre a falta de qualificação no turismo de aventura

Ausência de mão de obra especializada e falta de fiscalização colocam em risco a segurança dos praticantes de ecoturismo

por: Redação ( 4 semanas atrás ) - Atualizado: 27/06/2025 10:46
Turistas durante escalada na Pedra do Baú - Foto @correianews

Os recentes acidentes com o balão em São Paulo e Santa Catarina e a morte da turista brasileira durante uma trilha na Indonésia trouxe à tona a discussão sobre a segurança no turismo de aventura. A Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA) emitiu uma nota denunciando a prática informal da atividade no país, sem pessoas qualificadas, e cobrando mais fiscalização.

Segundo a entidade, a minoria das empresas no Brasil cumpre a legislação e as normas determinadas pela ABNT. Para o balonismo turístico, por exemplo, não existe uma regulamentação específica. Segundo a ABETA, faltam políticas públicas e também pressão para que as boas práticas da atividade sejam seguidas à risca, já que o desconhecimento das normas, via de regra, costuma ser rotineiro no segmento.

A seguir a nota oficial da ABETA

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A ABETA (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura) manifesta pesar em relação às recentes tragédias envolvendo balões de ar quente, em Boituva (SP) e Praia Grande (SC), e no caso da brasileira Juliana Marins, na Indonésia, e se solidariza com familiares e amigos das vítimas. Juliana realizava uma trilha em um vulcão na Indonésia quando sofreu uma queda e permaneceu por quatro dias aguardando resgate. Situações como essa reforçam a importância da segurança em atividades turísticas em ambientes naturais remotos e da preparação para uma resposta rápida e eficiente em caso de acidentes.

Desde 2003, a ABETA atua pela qualificação e pela promoção da segurança no turismo de natureza no Brasil. Por meio do Programa Aventura Segura — realizado em parceria com o Ministério do Turismo, o Sebrae Nacional e apoio da ABNT — contribuímos para o desenvolvimento de mais de 40 normas técnicas da ABNT, incluindo a ABNT NBR ISO 21101 – Sistema de Gestão da Segurança, prevista em legislação nacional para as atividades de turismo de aventura.

Atualmente, o balonismo turístico no Brasil ainda não conta com regulamentação técnica específica. As regras em vigor se referem ao balonismo desportivo, sob responsabilidade da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A ABETA participa de discussões junto ao Ministério do Turismo com o objetivo de apoiar a construção de normativos adequados para esta atividade.

A inexistência de regras técnicas específicas para o balonismo turístico, associada a lacunas na fiscalização e à atuação de operadores não formalizados, contribui para o aumento dos riscos.

A ABETA reitera que não se posiciona contra o balonismo ou outras atividades de turismo de aventura. Defendemos que sejam praticadas com segurança, responsabilidade e respeito às normas, com base em três pilares: capacitação, normalização técnica e fiscalização eficaz.

Esse é o caminho que a ABETA acredita e vem trilhando para inspirar a construção de um Turismo Brasileiro de Natureza que seja Seguro, Sustentável e Responsável.

Com informações abeta.tur.br