
Com ampla maioria, a Câmara Municipal de Campos do Jordão aprovou o projeto de lei que regulamenta a Taxa de Preservação Ambiental (TPAM) na cidade. Nove a três foi o placar da votação. Posicionaram-se a favor os vereadores Douglas Tamo Junto (Republicanos), Pastor Eder Trovão (Republicanos), Alfredo Cottini (Podemos), Gil du Valle (União), Gustavo Maximino (PSB), Márcio Paiva (Mobiliza), Filipe Cintra (PSD), Júnior Malaquias (União) e Bandeira (PP). Votaram contra os vereadores Drª Izabel (MDB), Suemy Oya (União) e Elias Pena (Mobliza). O vereador Zezito faltou à sessão por motivo de saúde.
O projeto foi aprovado com emendas elaboradas a partir das sugestões apresentadas na consulta pública realizada no início de setembro. A Câmara também buscou informações nos municípios onde a taxa ambiental já foi implantada. “Acredito que a gente foi bem prudente e responsável para melhorar o projeto”, disse o presidente da Câmara, Filipe Cintra.
Quem vai pagar
A TPAM será aplicada sobre veículos com placas de outros municípios assim que entrarem em Campos do Jordão. O valor muda de acordo com o modelo com base na Unidade Fiscal Jordanense (UFJ) fixada em R$ 6,67.
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Vans, micro-ônibus e ônibus tiveram o valor reduzido em relação à tabela aprovada em primeira votação.
Vans – 7,5 UFJs = R$ 50,02
Micro-ônibus – 15 UFJs = R$ 100,05
Ônibus – 25 UFJs = R$ 166,75
Os demais modelos de veículos não sofreram alterações
Motocicletas, motonetas, triciclos e quadricilhos – 1,0 UFJ = R$ 6,67
Automóveis – 2,0 UFJs = R$ 13,34
Caminhonetes – 3,0 UFJs = R$ 20,01
Caminhões – 6,0 UFJs até 4 eixos = R$ 40,02. Acima de 4 eixos acrescenta-se mais 2,0 UFJs a cada eixo adicional.
Quem não vai pagar
Pindamonhangaba, Guaratinguetá, Paraisópolis e Itajubá foram incluídas entre as cidades isentas da Cobrança. Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, Piranguçu, Brasópolis e Venceslau Brás já estavam no rol de isenções desde a primeira votação.
Também não vão pagar a TPAM pessoas com deficiência, autistas, trabalhadores que moram fora, profissionais autônomos e veículos de passagem. Turistas com casas de veraneio na cidade não serão cobrado desde que comprovem a posse do imóvel, que poderá ser feita com IPTU ou contas de água e luz.
Como será aplicado o dinheiro
A Câmara também definiu onde o dinheiro arrecadado será investido.
Serviços de poda;
Construção e manutenção de banheiros públicos;
Limpeza de rios, córregos e lagos;
Zoonoses e controle de pragas e vetores;
Bem-estar animal;
Manutenção de fontes;
Construção de área para despejo de dejetos dos ônibus de turismo;
Abatimento da taxa de lixo (10%);
Universalização de água e esgoto (10%);
Prevenção e enfrentamento de desastres naturais (5%).
As determinações atendem aos nove itens que obrigatoriamente devem ser contemplados na lei que cria a TPAM:
1 - Despesas com administração do sistema;
2 - Infraestrutura ambiental;
3 - Manutenção e preservação dos locais turísticos;
4 - Preservação dos ecossistemas naturais;
5 - Regulação de áreas de preservação permanente sujeitas a visitação;
6 - Projetos de educação ambiental;
7 - Limpeza e conservação de áreas protegidas;
8 - limpeza publica e saneamento;
9 - Manutenção da coordenadoria de zoonose
Quem vai fiscalizar
O acompanhamento da aplicação dos recursos obtidos com a taxa ambiental será feito por uma comissão com 11 membros, sendo cinco da prefeitura, cinco da sociedade civil organizada e um da Câmara de vereadores. O número de integrantes foi definido pelos vereadores durante a segunda votação do projeto. Essa comissão será criada por decreto do Poder Executivo.
O projeto segue agora para a sanção do prefeito Carlos Eduardo (Caê), mas a cobrança da Taxa de Preservação Ambiental só deverá começar efetivamente no segundo semestre de 2026. A previsão inicial de arrecadação é de R$ 30 milhões por ano